quarta-feira, maio 03, 2006
MUSEU VOZ e SMS: How much ?

A minha empresa tem neste momento desenvolvido um sistema denominado ACCESSUS TOURISM, que será implementado na Região de Turismo de Évora a partir de Junho.
Este sistema GRATUITO, consiste no envio (broadcast) através de antenas bluetooth de conteúdos (texto, audio, imagem e video) directamente para o telemóvel com capacidade de recepção de conteúdos multimédia, com base na sua proximidade e localização dos referidos pontos. Estas antenas serão colocadas em monumentos e espaços de interesse turístico.
No seu lançamento será dada a possibilidade de turistas dotados de PDA de carregarem uma aplicação denominada ACCESSUS TOURISM CLIENT de forma a receberem e enviaram informação para o sistema, nomeadamente pedidos de sincronização da agenda cultural, activação de serviços, pedidos de informação e outros serviços de texto e voz, relacionados com turismo. Estes serviços contemplam a integração de bluetooth, GPRS e MMS.
O sistema da Pararede e Telelink, peca por não conseguir ter uma amplitude cultural e social mais abrangente.
O conceito de 'partilha de receitas' parece cair bem junto das administrações destes organismos, pois a continua quebra de apoios e subsídios estatais, leva a que estas entidades procurem reduzir custos, e tentem arranjar novas formas receitas.
Este tipo de serviços deverão ser devidamente analisados antes de serem implementados, para que os visitantes nacionais e estrangeiros de museus, se sintam atraidos a visita-los ...Parece-me a mim que cobrar num museu um SMS ou um serviço de audio voz, para sabermos o nome da obra, o seu significado, quem foi o pintor, etc, já deverá estar incluido no preço do bilhete.
Estas entidades deverão procurar outras formas, de criar atractivos, inovadores, arrojados e acessíveis a TODOS, de forma a criarem âncoras a visitantes. 'Sacar' por 'sacar' (desculpem o termo), só porque facilmente é apetecivél implementar um plano de negócios em que todos os envolvidos (teoricamente) ganham, é um bom resultado inicial, mas depois na prática existem PEQUENOS pormenores poderão trazer (ainda) mais prejuizos, nomeadamente a imagem de divulgação cultural nacional.
Penso que neste caso concreto, ou seja dentro do 'espaço museu' não faz sentido este serviço cobrado. Talvez pela divulgação arquitéctónica de todo o patrimonio nacional faça sentido um serviço destes...(tenho que descobrir quem tem esta bd catalogada...:).
Só espero que não se lembrem de criar um serviço de SMS de valor acrescentado de base de dados de doentes em ambulatório e internamento hospitalar, para ser explorado: "Caso pretenda chamar o enfermeiro - SMS(0,30 €) ou o médico (1,00 €)
Poderá também ouvir os melhores diagonósticos de 2005 deste hospital por 0,60 € por minuto, basta ligar o 670 000 XXX..."
Que haja bom senso.